segunda-feira, 3 de maio de 2010

QUATRO ANOS...



Quatro anos...


Enclausurando-me solitariamente em bibliotecas, confraternizando com meus conhecidos em busca de respostas

Tendo aula com acadêmicos que levam uma vida monástica em nome da Deusa

Aprendendo com gurus que conseguem flutuar sobre as mentiras e a falsidade

Levando uma vida boemia,
indo de botequim em botequim,
festa em festa,
para aprender, com os filhos de Dionísio,
o sentido da alegria e da simplicidade



E agora, finalmente,
quando consigo abrir meus olhos,
percebo as correntes que me prendem a esse mar de lama e dissimulação

No entanto,
por mais que eu me esforce,
não consigo me libertar,
não consigo abandonar o porto

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